Alvissarismo Filosofia e Religião Brasileira

 

                                                     Recitação do Livro

 

A Recitação do Livro é o canto dos versos de cada um dos livros do cânone Alvissarista (Bíblia, Codificação Espírita e Alvíssara) realizado no culto individual, que se caracteriza pela completa ausência de instrumentos musicais. Já no caso do culto coletivo, a recitação do Livro deve seguir o mesmo tom uníssono e ser acompanhado exclusivamente dos seguintes instrumentos: harpa, órgão e metal. O recital deve ser executado em tom uníssono por pelo menos uma pessoa que tenha o dom de recitar com os requisitos exigidos da prosa, a gesticulação adequada, o jogo fisionômico apropriado, sem exageros nem faltas, onde o recitalista imprime o equilíbrio à rima e à divisão rítmica do interior de cada verso de cada um dos livros que representam o cânone do Alvissarismo. Cada verso deve ser cantado de forma bela e convincente, dito em voz clara e límpida, seguindo as normas específicas de métrica e rima dos versos do Livro. "Em música, um uníssono é um intervalo na razão de 1:1 ou 0. Dois tons em uníssono são considerados da mesma altura mas ainda podem ser percebidos como se originando de fontes diferentes. O uníssono é considerado o intervalo mais consonante enquanto que o quase uníssono é considerado o intervalo mais dissonante. O unísono também é o intervalo mais fácil de ser afinado. Abrevia-se o uníssono como P1. Um par de tons em uníssono pode ter diferentes "cores" (timbres), isto é, vir de diferentes instrumento ou vozes humanas. Vozes com cores diferentes, como ondas sonoras, têm diferentes formas de onda. Estas formas de ondas têm as mesmas frequências fundamentais diferindo apenas quanto às amplitudes de seus maiores harmônicos. Quando várias pessoas cantam juntas, como num coral, a maneira mais simples do grupo cantar é numa única "voz", em uníssono. Se há um instrumento acompanhando, então o instrumento deve tocar as mesmas notas que estão sendo cantadas para que haja o uníssono, de outro modo, o instrumento será considerado uma "voz" distinta e não haverá o uníssono. Quando não há instrumento acompanhante, o canto é dito a cappella. A música que é cantada em uníssono é chamada de monofônica. Este sentido dá margem a um outro uso metafórico da palavra: se é dito que várias pessoas fazem algo "em uníssono", isto quer dizer que elas o fazem ao mesmo tempo, simultaneamente. Termos relacionados são "univocamente" e "unanimemente". A monofonia também inclui mais de uma voz que não canta em uníssono, mas em alturas paralelas, sempre mantendo o mesmo intervalo de uma oitava. Notas cantadas em conjunto, separadas por uma ou mais oitavas estão quase em uníssono devido à equivalência do intervalo. "Canto em partes" é quando duas ou mais vozes cantam notas diferentes. Se as notas são cantadas em alturas diferentes mas com o mesmo ritmo, chama-se homofonia. Um exemplo pode ser encontrado na modalidade canto em grupo chamada de quarteto barbershop ou um coro cantando um hino".(wikipédia). Segundo Câmara Cascudo, “É universalmente conhecido o efeito mágico do som, sua finalidade apotropaica. A melodia é divina e a cacofonia é diabólica. Donde hay música no puede haber cosa mala, ensina Sancho Pança (Dom Quixote). O som afasta os demônios e os eflúvios maléficos. Há sonoridade divina no paraíso e não há música no inferno. Os instrumentos metálicos tiveram, inicialmente, a função do exorcismo, a repulsa às coisas más. Posteriormente tornaram-se elementos de apelo aos devotos e indispensáveis para agradar as hora amenas do ócio. Sinos, campainhas, guizos, sinetas, chocalhos, todos os produtores de som, expulsavam os demônios em todas as crenças do mundo” (Câmara Cascudo).