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O Alvissarismo é uma Doutrina, ou seja, um conjunto de princípios que servem de base a um sistema de Filosofia, Política, Economia e Religião.


A Filosofia Alvissarista estrutura-se como o estudo de questões fundamentais relacionadas à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais, estéticos, à mente e à linguagem. Ao investigar essas questões, a Filosofia Alvissarista se distingue da Religião Alvissarista por sua estrutura racional; porém, por outro lado, a Filosofia Alvissarista diferencia-se da Ciência por constituir-se apenas de juízos analíticos a priori e a posteriori, o que a torna uma Insciência. O seu método, isto é, o Estruturalismo Dialético, parte sempre do concreto para o abstrato e depois do abstrato para o concreto em um processo histórico e social, isto é, o método adotado pela Filosofia Alvissarista é uma síntese entre o estruturalismo de Lévi-Strauss (1908-2009) e a dialética de Hegel (1770-1831).

O ponto de partida da Filosofia Alvissarista são as obras de Kant (1724-1804), Lacan (1901-1981), Wittgenstein (1889-1951), Platão (427 a. C - 347 a. C) e Kardec (1804-1869).

Para Kant, a ciência é a porta de entrada para o conhecimento do mundo sensível e ela não tem acesso nem ação fora desse mundo. O que se encontra para além do mundo sensível é a coisa-em-si que estrutura o mundo inteligível, e que jamais será conhecido cientificamente pelo homem, já que o homem está estruturado em um universo de palavras, ou seja, o mundo não é mais do que uma representação simbólica, tal como nos mostrou Lacan, e esse universo simbólico possui um limite, seja ele estruturado através das categorias lógicas da linguagem, como nos mostrou Wittgenstein, ou seja ele estruturado através da origem da própria linguagem, como mostrou o Alvissarismo.

 

Porém, para o Alvissarismo os mundos sensível e inteligível, o fenômeno e a coisa-em-si, são como os dois lados de uma mesma moeda. Para que os dois lados da existência possam se diferenciar, é preciso que existam no tempo e no espaço, mas o tempo e o espaço são categorias que pertencem à condição linguística do ser humano, ou seja, ao fenômeno linguístico que estrutura o mundo sensível, e é por isso que Wittgenstein chegou à conclusão de que tudo que ultrapassa esse limite está para a ordem do indizível, que é o conceito central do Alvissarismo.

 

Onde não há nem o tempo nem o espaço tudo se torna uno. Assim é a realidade da coisa-em-si (o indizível), que não pode ser a causa do fenômeno, pois as concepções de causalidade só possuem representação no mundo sensível, desse modo, o fenômeno é, na verdade, uma manifestação da coisa-em-si.

 

Em última análise, para o Alvissarismo, a mente e a linguagem nos permitem ver a representação simbólica da coisa-em-si, manifesta através de paradoxos lógicos, da prática moral e dos dons do Espírito Santo (mediunidade), que é a experiência direta mais próxima que podemos alcançar da coisa-em-si.

 

É importante esclarecer que a coisa-em-si é na Filosofia Alvissarista um objeto incognoscível, mas experienciável através de paradoxos lógicos na linguagem, da prática moral e da mediunidade. Aqui o Alvissarismo aceita não só os paradoxos lógicos expostos por Lacan e a prática moral de Kant, mas afirma também a experiência mística aceita por Wittgnstein através do indizível e pelo Espiritismo através da mediunidade ou dons do Espírito Santo. Por outro lado, o Alvissarismo se aproxima do pensamento oriental, arquitetado pelo Budismo, que, pela via religiosa, chega às mesmas conclusões que Schopenhauer (1788-1860) chegou: o mundo sensível é uma ilusão de ótica, e a ciência está estruturada pelo véu de Maya que mascara a existência de uma realidade una e transcendente, em outras palavras, a ciência é cega e coxa. Vale lembrar que para o Alvissarismo essa realidade una e transcendente não é nem o vazio, como exposto por Buda (563 a. C - 483 a. C), nem a vontade, como exposto por Schopenhauer, mas sim a ideia ou o espirito, sendo o mundo sensível ou material apenas uma cópia imperfeita do mundo inteligível ou espiritual, assim como fora exposto por Platão e Kardec.

 

A Política Alvissarista estrutura-se como a Insciência da organização, direção e administração do Estado; a aplicação desta Insciência às questões internas do Estado ou às questões externas. O Alvissarismo adota o centrismo como ideologia política. A Política Alvissarista é formada por uma Teodemocracia (Deus-Povo-Poder), que é o sistema político regido por um Estado Laico, mas onde o Povo exerce o Poder Legislativo em nome de Deus, através da criação, sanção e veto das Leis que regem a sociedade.


A Economia Alvissarista ou Economia Estruturalista configura-se como a Insciência da produção, distribuição e consumo de bens e serviços, que é definida por seu caráter falocêntrico, filantrópico e igualitário, que defende um sistema econômico baseado no amor, na justiça e na caridade, e onde os meios de produção são 50% privados e 50% públicos, dando à humanidade tanto a liberdade do capitalismo quanto a segurança do comunismo. O estruturalismo é um modelo político e socioeconômico baseado na coexistência entre a propriedade privada e a propriedade pública com fins lucrativos, onde as decisões sobre a oferta, a demanda, os preços, a distribuição e o investimento são feitos através de uma parceria entre o governo e a empresa, e os lucros são divididos entre os empregadores e os empregados e os salários possuem o mesmo valor para todos os trabalhadores independente do cargo que ocupam na sociedade, e são pagos pelo governo e pela empresa com base na quantidade de hora trabalhada.


Baseado na Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pelos 58 Estados membros conjuntos das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, que define a liberdade de religião e de opinião no seu artigo 18: "Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular"; e baseado na Constituição Federativa do Brasil, que define a liberdade de religião e de opinião no seu artigo 5: "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias", nós lhes apresentamos a Religião Alvissarista.


A Religião Alvissarista é o conjunto de uma determinada crença em Deus, na imortalidade da alma, na reencarnação, na pluralidade dos mundos e na comunicabilidade entre os vivos e os mortos, que estrutura o símbolo do Fogo como mediador entre Deus e os homens, e relaciona a humanidade com a espiritualidade e seus valores morais. A Religião Alvissarista possui um Mito da Criação, que estabelece uma tradição histórica Sagrada, que se destina a dar sentido ou significação à vida através da explicação da origem do universo. A Religião Alvissarista deriva da moralidade, da ética, das Leis religiosas que determinam um estilo de vida agradável a Deus, de ideias sobre o cosmos e a natureza humana. A Religião Alvissarista pode ser determinada como uma religião Abraâmica agnóstica-teísta, na medida em que acredita em um Deus único criador do universo, mas não acredita na possibilidade de se conhecer ou provar de forma segura a existência desse Ser Absoluto, e é por isso que a Religião Alvissarista determina que o nome de Deus seja o Indizível.


A Religião Alvissarista possui comportamentos organizados, incluindo a hierarquia do Povo como representante Legislativo de Deus, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ao Indizível ou para a oração; seu Templo é a própria Natureza (Jardim Sagrado) e a Casa de seus seguidores. Seu Cânon Sagrado é composto pela Bíblia, a Codificação Espírita e Alvíssara em Nome-do-Pai, que é um Livro dividido em sete tomos (Tomo 1: A Codificação Alvissarista/Tomo 2: O Alvissarismo Dentro e Fora dos Limites da Simples Razão/Tomo 3: O Alvissarismo e o Sentido da Existência/Tomo 4: O Direito Alvissarista/Tomo 5: A Sociologia Alvissarista/Tomo 6: O Código Moral do Alvissarismo/Tomo 7: A Revelação Alvissarista).

A prática da religião Alvissarista consiste na instrução canônica, na fé em Jesus Cristo e na obra de amor, justiça e caridade; mas também inclui sermões, seminários, comemoração do nascimento de Jesus no Natal, da ressurreição da alma de Cristo na Páscoa e do nascimento do Alvissarismo, calendário (com contagem do tempo a partir da origem do Logos), sacrifícios simbólicos, transes, práticas mediúnicas ou experiências místicas, rituais, batismos, serviços matrimoniais e funerários, meditação, iniciação, passe, fluidoterapia, psicanálise (sintomas, sonhos, atos-falhos, chistes, esquecimentos, arquétipos, estilística, poesia, música e arte). O nascimento do Alvissarismo assume tanto a forma de uma revelação quanto a forma de uma conclusão racional, e enfatiza a harmonia entre a instrução, a fé e a obra como instrumentos da salvação. A revelação Alvissarista é a denominação, de modo geral, para todo o conhecimento transmitido a Thiago de Paiva Campos diretamente por Deus, através do anjo Isabel (a princesa da liberdade) sob a orientação do Arcanjo Uriel, e codificado em um Livro Sagrado (Alvíssara), que é uma extensão da Bíblia e da Codificação Espírita. O Livro Sagrado do Alvissarismo, ou seja, Alvíssara, leva esse nome por ser uma palavra portuguesa de origem árabe (al-bixrá) que significa Boa Nova, recompensa dada a quem traz a Boa Nova, recompensa dada a quem traz algo perdido, gratificação a quem traz boas notícias ou restitui objeto perdido (o Fogo). Ao assumir também a forma de uma conclusão racional, o Alvissarismo se torna um misto de Filosofia e Religião, de caráter monoteísta, monista espiritualista e agnóstico-teísta, que abrange uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos a Thiago de Paiva Campos, que não é nem Profeta, nem Legislador, nem Filósofo, nem Papa, nem Padre, nem Pastor, nem Santo, nem Sábio, mas por algum motivo insondável, fora escolhido por Deus para transmitir aos homens a Boa Nova.

 

As principais crenças do Alvissarismo são:

 

1°- O Alvissarismo é a sétima revelação de Deus aos homens desde Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Kardec.

 

2°- O Alvissarismo fora revelado por Deus a seu servo Thiago de Paiva Campos através do Anjo Isabel (a princesa da liberdade) sob a orientação do Arcanjo Uriel.

 

3°- O único mediador entre Deus e os homens é Jesus Cristo (o Verbo), e o símbolo dessa mediunidade é o Fogo.


4°- O Nome de Deus é o Indizível.


5°- O representante de Deus na terra enquanto Legislador Universal é o Povo.


6°- A vontade de Deus é de que a economia mundial se estruture na filantropia e na igualdade.


7°- Deus criara o universo do amor consigo mesmo através do Ser (Pai) e do Nada (Espírito Santo).


8°- Jesus Cristo é a reencarnação de Adão na figura do Pai Primevo de Pequim.


9°- Há um portal cósmico para a realidade inteligível erguido sobre o vulcão Lawoe, na ilha de Java, na Indonésia.


10°- Tal portal cósmico fora aberto por Satanás, tomado pela inveja e vaidade, roubara o Fogo Sagrado de Cristo, que, posteriormente, recuperara o Fogo Sagrado e trancafiara Satanás no inferno.


11°- A ressurreição de Cristo fora estabelecida pela alma e não pela carne, ou seja, o Alvissarismo crê na ressurreição da alma e não na ressurreição da carne.


12°- O corpo de Cristo fora roubado pelos próprios discípulos a pedido do Cristo, a fim de fazer a humanidade crer na vida após a morte sem ter de aderir abertamente à ideia platônica da imortalidade da alma, posto que se assim o fizesse seria completamente rejeitado pelos judeus, e proteger o corpo de Cristo de uma possível depredação por parte dos judeus e romanos, sendo os relatos bíblicos sobre os manjares pós-mortem de Cristo e os apóstolos entendidos pelo Alvissarismo como puramente simbólicos, referindo-se não a digestão da comida em si mesma, mas sim do fluido espiritual da comida.


13°- Jesus Cristo não é o próprio Deus, mas sim o Filho de Deus.


Portanto, o seguidor do Alvissarismo pode se declarar racionalista, que é quem declara como moralmente necessária a fundamentação de uma religião natural; e por outro lado o seguidor do Alvissarismo pode se declarar racionalista puro, que é aquele que admite a revelação, mas diz que conhecê-la e aceitá-la não é necessário para a religião; e, por fim, o seguidor do Alvissarismo pode se declarar racionalista sentimental, que é aquele seguidor que considera necessário para a possível universalidade da religião, a fé incondicional na revelação divina.


Um importante princípio regulador da prática moral Alvissarista é o método do meio-termo, que pode se estruturar em todos os formatos da existência humana:


1- A prática moral e existencial de não extremismo: um caminho de moderação, equilíbrio e harmonia entre os opostos.


2- O meio-termo entre as visões filosóficas, políticas, econômicas e religiosas; ou seja, entre a Esquerda e a Direita, o Alvissarismo representa o Caminho do Meio.


3- Uma explicação da Angelitude (perfeito estado de iluminação, sabedoria, calma, paz, felicidade, pureza de pensamentos, liberdade, serenidade, desapego e altruísmo, revelado pelo abatimento de todas as dívidas morais para com Deus, a Natureza e o Próximo, se libertando do ciclo cármico da Roda das Encarnações para servir diretamente a Deus como seu mensageiro); um estado onde fica óbvio que todas as dualidades aparentes no mundo são ilusórias.


4- A prática da instrução canônica, da fé em Jesus Cristo e da obra de amor, justiça e caridade.


A Religião Alvissarista possui uma grande narrativa, que explica o começo do mundo e torna legítima sua existência. No Alvissarismo, a narrativa do “Gênesis” em conjunto com o “Mito Alvissarista da Criação”, sincretiza a tradição Judaico-Cristã ao Espiritismo-Alvissarista, ou seja, o Criacionismo ao Evolucionismo. Quanto à legitimação da existência e validade do Alvissarismo como um sistema religioso, este se estrutura através de uma Revelação Divina supervisionada pelo Arcanjo Uriel e anunciada pelo Anjo Isabel, através de transes, sonhos e desdobramentos da alma.


O Alvissarismo sacraliza determinados locais. Os motivos para essa sacralização são variados, podendo estar relacionado com determinada crença da religião (por exemplo: a ilha de Java, na Indonésia), ou porque a esses locais são associados acontecimentos miraculosos (o Santuário do Alvissarismo é a própria Natureza e a Casa do seu seguidor), ou porque são marcos de eventos religiosos relacionados à mitologia da Religião Alvissarista (o Vulcão Lawoe).


A Religião Alvissarista estabelece que o tempo deva ser contado tendo como ponto de partida a origem do Logos, ou seja, a encarnação primeva do Verbo; e por isso o tempo deve ser dividido em antes e depois do Logos. O Alvissarismo fundamenta certos períodos temporais como especiais e por isso devem ser dedicados ao Indizível. Esse período é anual e semanal, onde se comemora o nascimento do Alvissarismo, que, por ser de essência Judaico-Cristã, considera o Sábado e o Domingo como dias Sagrados, que devem ser dedicados à instrução canônica, à meditação e à oração.


As bases da Doutrina Alvissarista se distanciam dentro da comunidade Cristã tradicional (Catolicismo, Protestantismo e Ortodoxia Oriental) primordialmente pelo fato da reencarnação e o evolucionismo formarem um de seus pilares, assim como pelo fato do Alvissarismo ter Jesus Cristo apenas como o Filho de Deus e não como o próprio Deus, e acreditar na ressureição da sua alma e não na ressureição da sua carne; de modo que para o Alvissarismo o corpo de Cristo fora roubado pelos próprios discípulos, e suas aparições pós-mortem foram dadas em espírito e não em corpo. Desse modo, no Alvissarismo, considera-se a Bíblia, a Codificação Espírita e, especialmente as obras Alvissaristas, como fontes de autoridade dos mistérios de Deus, sendo (Alvíssara) considerada a palavra de Deus, mas não deve ser interpretada literalmente.


No Alvissarismo Cristo é considerado o Filho de Deus, mas não o próprio Deus, sendo representado na trindade como o Filho do Pai e do Espírito Santo. Sendo Deus 25% Pai, 25% Filho, 25% Espírito Santo e 25% Indizível. Neste caso, para o Alvissarismo, Pai, Filho, Espírito Santo e Indizível, são entidades com identidades próprias que em uma estrutura complementar tornam-se uma única divindade: Deus. Jesus é considerado o único mediador entre Deus e os homens, por isso no Alvissarismo não há culto a Santos e Ídolos, mas é enfatizada a importância da Nossa Senhora, dos Anjos e Arcanjos. O Alvissarismo apregoa que há o Céu, o Purgatório e o Inferno, mas não acredita que sejam eternos. Cada pessoa paga por aquilo que praticou em sua exata proporção, mas a todos é concedida a oportunidade da reencarnação, para o aperfeiçoamento moral e intelectual. Por isso a salvação será dada a todos, uns em mais tempo e outros em menos tempo, pois o objetivo final de toda existência humana é atingir a Angelitude e se libertar do ciclo cármico da Roda das Encarnações.

 

O Alvissarismo é uma filosofia e religião sincrética, agnóstica-teísta, de origem brasileira, que sintetiza crenças e práticas do Judaísmo, do Cristianismo e do Espiritismo. O Alvissarismo é uma fusão das doutrinas Judaica, Cristã e Espírita. A finalidade desse sincretismo está ligada à necessidade de esquecer as diferenças internas entre essas três religiões a fim de se unir e combater o mal. Então, o sincretismo religioso que estrutura a base fundamental do Alvissarismo tem como finalidade unir essas três doutrinas religiosas em uma única religião: o Alvissarismo. Apesar das diferenças entre o Judaísmo, o Cristianismo e o Espiritismo, o Alvissarismo une em um todo homogêneo aquilo que há de semelhante entre essas três doutrinas religiosas. O Alvissarismo é uma fusão homogênea de concepções filosóficas, religiosas e culturais diferentes que tem por finalidade combater o mal.


No Alvissarismo não há culto a Santos e Ídolos, porém o Alvissarismo não proíbe a prática de orações aos Santos da Igreja, desde que não sejam idolatrados.


No Alvissarismo as recompensas ou punições após a morte não são eternas.

 

No Alvissarismo a hierarquia é estabelecida pelo Povo.


No Alvissarismo não há Igrejas, pois seu Templo é a Natureza (Jardim Sagrado) e a Casa de seu Seguidor.


No Alvissarismo o tempo é contado a partir da origem do Logos ou encarnação primeva do Verbo.

 

No Alvissarismo existe a crença em Satanás. Quanto a esse ponto referente à existência e queda de Satanás, recomendamos ao leitor atento e reflexivo as obras esplendidas dos dois maiores filósofos espíritas de todos os tempos, o professor Pietro Ubaldi (1886-1972) e o professor Luiz Carmaschi (1919-1992), que expõem em suas obras a necessidade da aceitação do Espiritismo em relação a existência e queda de Satanás devido a universalidade desta teoria.


No Alvissarismo não existe a pretensão à cientificidade de seus postulados; o Alvissarismo considera-se uma Insciência e não uma Ciência, sendo essa pretensão Kardecista à cientificidade enxergada pelo Alvissarismo como pseudocientífica, ingênua, arrogante, dogmática, fanática e sem qualquer base epistemológica crítica. A diferença entre a pseudociência sustentada pelo Kardecismo e a insciência sustentada pelo Alvissarismo é que a pseudociência Kardecista julga a si mesma como uma ciência (isto é, pretende ser uma ciência mesmo não sendo), enquanto que a insciência Alvissarista julga a si mesma como uma não-ciência (isto é, reconhece ser apenas uma filosofia e/ou religião); ou seja, a diferença entre a pseudociência e a insciência é que a primeira, por sua presunção, pretende ser uma ciência mesmo não resultando da aplicação do método cienífico válido, enquanto a segunda, por sua humildade, reconhece não ser uma ciência, resultando em um sistema de pensamento de origem filosófica, divina e inspirada, e por isso não é considerado uma pseudociência, já que não reivindica para si o status de ciência.


No Alvissarismo existe a possibilidade do retrocesso na Roda das Encarnações, na medida em que no Alvissarismo, assim como no Budismo, a reencarnação não é um processo absolutamente linear. Há um processo linear em funcionamento no qual experimentamos no presente as consequências de nossas ações do passado, mas também há um processo sincrônico, no qual o futuro é influenciado pelas ações do presente. Dessa forma o Alvissarismo deixa espaço para o livre-arbítrio, na medida em que A Roda das Encarnações é estruturada como uma linguagem que contrapõe a diacronia linear da vida à sincronia não linear da morte.


No Alvissarismo existe uma base epistemológica que enfatiza o limite e a incompletude da razão a fim de dar vazão à fé.


No Alvissarismo existe uma mitologia própria que explica a origem do universo.


No Alvissarismo existem rituais, serviços matrimoniais e funerários.


No Alvissarismo existe uma explicação lógica que revela a encarnação primeva do Espírito (o Verbo) através do pecado original do roubo do Fogo.


No Alvissarismo Jesus Cristo é a reencarnação de Adão na figura do Pai Primevo de Pequim, tendo posteriormente sacrfiícado a sua vida na cruz a fim de saldar a sua dívida moral adquirida pela queda e consequentemente regenerar a humanidade e salvá-la de seus pecados. Portanto, no Alvissarismo, a reencarnação não anula o sacrfício de Cristo, apenas mostra que esse sacrifício não teve como finalidade apenas regenerar e salvar a humanidade de seus pecados, mas também foi o resgate pessoal de Adão na figura de Cristo, sendo Jesus o novo Adão, limpo do pecado original (o roubo do fogo e/ou o deleite da fruta proibida) que originou a queda do homem.


No Alvissarismo a Bíblia (Antigo e Novo Testamento), em conjunto com a Codificação Espírita e Alvíssara em Nome-do-Pai, são considerados a Palavra de Deus.

 

O Alvissarismo é ao mesmo tempo Criacionista e Evolucionista.


O Alvissarismo é um sistema de Filosofia, Política, Economia e Religião.


O Alvissarismo crê na escatologia Cristã exposta no Apocalipse de João, mas sincretiza-o com seu próprio sistema de crenças, ou seja, o Alvissarismo tem fé de que Jesus reencarnará pela terceira vez no fim dos tempos (ou seja, no inicio do mundo celeste), onde Cristo reinará por todo sempre. Mas o Alvissarismo não julga saber quando isso irá ocorrer (e bem louco quem tentar fazê-lo), mas fica atento aos sinais revelados por Deus a João no Apocalipse.


No Alvissarismo o objetivo final da existência é atingir a Angelitude e se libertar da Roda das Encarnações, a fim de se tornar um mensageiro direto de Deus; uma de suas missões é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação a Deus. Tais seres angélicos, independente de suas hierarquias celestiais, adquiriram a Angelitude por mérito próprio através de diversas encarnações, onde tiveram a oportunidade de abater todas as suas dívidas morais para com Deus, a Natureza e o Próximo, atingindo assim a Angelitude, para prosseguir no caminho da evolução e se tornar Arcanjo, depois Principado, Potestade, Virtude, Dominação, Trono, Querubim e, por fim, atingir o último passo da evolução e se tornar um Serafim.


No Alvissarismo o renascimento e a reencarnação são conceitos distintos, porém, coextensivos, sendo o primeiro uma herança de agregados impermanentes, e o segundo uma verdadeira identidade permanente; ambos referem-se ao processo contínuo da mudança, da transformação erguido por uma luta de opostos binários como a Vida e a Morte. No Alvissarismo crê-se na existência de um EU permanente e imutável.


No Alvissarismo existe a crença em um estado intermediário entre uma vida e a próxima no processo reencarnatório, este estado ou lugar é o que se chama de mundo inteligível ou mundo espiritual.


No Alvissarismo o sofrimento não é causado pelo desejo, mas sim pelo não pagamento no presente de dívidas morais contraídas no pretérito ou em vidas passadas.

 

No Alvissarismo existe a crença em Deus, na imortalidade da alma, na reencarnação, na pluralidade dos mundos habitados e na comunicabilidade entre os vivos e os mortos.


No Alvissarismo o método psicanalítico se resume à Estilística. No Alvissarismo o Complexo de Édipo é formado pela trindade (Infanticídio, Incesto e parricídio).


No Alvissarismo a origem física das psicopatologias está fundada na ausência do Complexo de Abraão e do Complexo Cristão; e a origem metafísica das psicopatologias está fundada no não pagamento no presente de dívidas morais contraídas no pretérito ou em vidas passadas. E por isso o Alvissarismo se estrutura como uma metapsicologia, que sincretiza as obras psicanalíticas de Freud (1856-1939), Jung (1875-1961) e Lacan com o Espiritismo, tendo, pois, dois objetos: o inconsciente individual e o inconsciente coletivo.


Eis, pois, as diferenças e semelhanças entre os elementos filosóficos e culturais sincretizados com a finalidade de sistematizar o Alvissarismo, que é ao mesmo tempo uma Insciência, uma Filosofia, uma Política, uma Economia e uma Religião.


O termo Espiritismo cunhado por Alan Kardec deve ser usado no Alvissarismo como uma extensão religiosa, assim como o Judaísmo-Cristão; o Alvissarismo é um Espiritismo por dois motivos: dá ênfase a comunicabilidade entre os vivos e os mortos e é baseado na Codificação Espírita legada por Alan Kardec, mesmo que de forma reformada; por isso o termo "Espírita-Alvissarista" é legítimo para designar o seguidor dessa Doutrina, assim como os termos "Espírita em Nome-do-Pai", "Alvissarista-Espírita em Nome-do-Pai" ou simplesmente "Alvissarista".


A palavra "Espiritismo" não pode ser designada apenas à Doutrina codificada por Alan Kardec, mas deve se estender a toda e qualquer filosofia ou religião que pratica a comunicabilidade entre os vivos e os mortos, ou seja, a toda filosofia ou religião que dá ênfase a mediunidade ou aos dons do Espírito Santo, por isso a Umbanda, o Roustainguismo, o Racionalismo Cristão, o Ramatizismo, a Apometria, a Conscienciologia, a Renovação Cristã, o Ubaldismo e o Alvissarismo devem sim ser denominados de Espiritismo, pois essa prática não é uma exclusividade do Kardecismo, já que a palavra Espiritismo refere-se a toda filosofia e religião que se baseia na crença da sobrevivência do espírito à morte do corpo, afirmando existir comunicação entre vivos e mortos através da mediunidade.


O Alvissarismo é um sincretismo religioso que sintetiza o Judaísmo, o Cristianismo e o Espiritismo com o folclore brasileiro e a mitologia tupi-guarani, já que o seu cânon é estruturado pela Torá, pelo Evangelho e pela Codificação Espírita, sendo Alvíssara o elo que reforma e uni incondicionalmente o Judaísmo, o Cristianismo e o Espiritismo em uma única religião: o Alvissarismo.

 

 

                                 O que é o Alvissarismo?

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