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                                   Dízimo Alvissarista

 

Etimologicamente a palavra dízimo significa a décima parte de algo, que, sob a ótica do Alvissarismo, deve ser o trabalho voluntário do fiel e jamais o seu dinheiro, como é de costume na maioria das religiões. O motivo pelo qual o Alvissarismo proibiu os seus fiéis de dar ou receber dízimos em dinheiro é exterminar de uma vez por todas o envolvimento sórdido da religião com o dinheiro dos fiéis. Esse é um ato que deve ser levado a cabo até as últimas consequências, já que é por ele que a reforma Alvissarista conseguirá romper com a ganância e a avareza promulgada pelas religiões e pelos religiosos, que se utilizam da boa fé das pessoas para roubá-las em nome de Deus. As Igrejas se tornaram um covil de ladrões, ou seja, para alguns seguimentos religiosos é Deus no céu e o dinheiro na terra. Quer dizer, as pessoas vão a algumas Igrejas hoje em dia não em busca de Deus, mas sim em busca de dinheiro. E é devido a corrupção do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que o Alvissarismo diz com todas as letras a todas as pessoas de bom senso, que não querem mais ser roubadas por homens que se dizem homens de Deus, mas que na verdade são homens do Diabo: NÃO PAGAI MAIS O DÍZIMO EM DINHEIRO, MAS PAGAI O DÍZIMO EM TRABALHO VOLUNTÁRIO!

 

O seguidor do Alvissarismo deve dar o seu dízimo em forma de trabalho voluntário nos Jardins Sagrados do Alvissarismo, ou seja, o seu dever é fornecer ao Jardim Sagrado a décima parte de seu tempo em trabalho. Se o dia tem vinte quatro horas e se o mês tem geralmente trinta dias, se multiplicarmos as vinte e quatro horas do dia por trinta e depois dividirmos por dez, que representa a décima parte referente ao dízimo, então teremos o resultado de setenta e duas horas, que é a quantidade de horas mensais das quais é dever do Alvissarista dedicar ao trabalho voluntário no Jardim Sagrado. 

 

Portanto, é dever do seguidor do Alvissarismo dedicar setenta e duas horas de seu tempo mensal ao trabalho voluntário no Jardim Sagrado. Como o Jardim Sagrado deve abrir as suas portas ao grande público somente aos sábados e domingos, logo, as setenta e duas horas mensais, divididas pelos oito dias do mês cujos quais o Jardim Sagrado abrirá as suas portas, darão nove horas de trabalhos semanais, que, divididas pelos dois dias sagrados para o Alvissarismo (o Sábado e o Domingo), darão quatro horas e meia de trabalho para cada um dos dois dias, que devem ser realizados por cada seguidor do Alvissarismo que, voluntariamente, decidir trabalhar na obra articulada pelo Jardim Sagrado, de modo que o trabalho é voluntário e não obrigatório; o desejo de trabalhar no Jardim Sagrado do Alvissarismo deve partir do próprio fiel e de modo algum deve ser obrigatório.

 

Se o dízimo significa a décima parte de algo, que esse algo seja o trabalho dos fiéis e não o seu dinheiro, porque Deus precisa é do trabalho voluntário dos fiéis e não do seu dinheiro ganhado com tanta luta e suor. Deus não precisa do dinheiro dos fiéis, Deus precisa do trabalho voluntário dos fiéis e, qualquer que seja a necessidade de dinheiro para manter as obras dos Jardins Sagrados do Alvissarismo, que esse dinheiro seja conseguido através do trabalho voluntário dos próprios fiéis e não do seu dinheiro, ou seja, que esse dinheiro seja conseguido através de quermesses, de bingos, festas, jogos, vendas de livros e artigos religiosos e etc. Quer dizer, o Alvissarismo pode se utilizar de qualquer forma de trabalho para arrecadar fundos para sustentar a sua obra, desde que esse trabalho seja honesto e esteja dentro das leis dos homens e de Deus.

 

"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", quer dizer: Dai ao Estado o que é do Estado, isto é, o imposto, e a Deus o que é de Deus, isto é, o trabalho voluntário. Deus não precisa do vosso dinheiro, atentai-vos para isso, Deus precisa do vosso trabalho!

 

Historicamente o dízimo sempre foi pago na forma de bens materiais, e tem sua origem no sacerdócio Judaico (Levítico; 27: 30 a 34).

 

Sendo Jesus Cristo um sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, anulou e aboliu o sacerdócio levítico com todas as suas leis, dízimos e costumes, conforme é descrito pelo apóstolo Paulo em sua carta em (Hebreus; 7: 1 a 28). Falando repetidamente sobre a questão do dízimo nos versículos citados, o apóstolo Paulo nos diz: “Com efeito, mudado que seja o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei” (Hebreus; 7: 12); e mais: “O mandamento precedente é, na verdade, ab-rogado por sua fraqueza e inutilidade” (Hebreus; 7: 18). É, portanto, com base nas palavras e nas ações do próprio Cristo que o Alvissarismo promulga a reforma do dízimo, transferindo-o do dinheiro para o trabalho voluntário.


Hodierno, o dízimo cobrado por algumas religiões são normalmente voluntários e pagos em dinheiro, bens materiais ou cheques; o que o Alvissarismo propõe é que o dízimo seja pago em ações e trabalhos voluntários. Portanto, que fique bem claro: o Alvissarismo não é contra o dízimo, o Alvissarismo é contra o dízimo pago em dinheiro.

 

Se todo o dinheiro que já foi tirado dos fiéis pelas religiões para ostentar templos de luxo e poder, e para sustentar sacerdotes, padres, bispos e pastores, tivesse sido usado para combater a fome, o mundo não conheceria a miséria. Ora, o que é que esses religiosos querem, receber dinheiro para fazer caridade? Ó religiosos, se queres receber dinheiro para fazerdes caridade, o que fazes é um negócio e não caridade, não percebes isso? Vão trabalhar para vos manter e vos sustentar, ao invés de pegar o dinheiro suado dos fiéis para ostentardes a vossa vida luxuosa. Dê ao povo de graça o que de graça recebestes de Deus! Em verdade vos dizemos: vossos templos são banhados a ouro e prata por fora, mas por dentro são banhados a sangue, porque sois vampiros da boa fé das pessoas! Sois abutres que se alimentam da carcaça da alma humana!

 

Nas religiões Abraâmicas o dízimo foi instituído pela Lei de Moisés, fundado para manter o sacerdote e a tribo de Levi, que mantinha o Tabernáculo e posteriormente o Templo. Após a destruição do Templo no ano 70 d. C a classe sacerdotal e os sacrifícios foram arrebatados.

 

Segundo Émile Durkheim (1858-1917) em “Lições de Sociologia”, o dízimo teria surgido através do pensamento mítico, primeiramente como sacrifício e ofertas aos deuses para obter permissão divina para o cultivo de bens desse mundo, como a pesca, a agricultura e etc. Posteriormente condensou-se em dízimo e em imposto, como uma espécie de repetição do sacrifício oferecido aos deuses nas eras mais primitivas.

 

A primeira manifestação do dízimo na Bíblia está registrada no livro de Gênesis no capítulo 14, referindo-se a uma atitude voluntária de Abraão. Num segundo momento, o dízimo também aparece com Jacó, neto de Abraão, onde posteriormente a um sonho revelador, comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos, dizendo: “Oferecerei o dízimo de tudo o que me deres”, caso Deus o guardasse e o protegesse na fuga que havia realizado no deserto, a fim de fugir da fúria de seu irmão Esaú, que havia sido enganado por ele com a ajuda da mãe, com a finalidade de obter a primogenitura e a benção de Isaac, seu pai.

 

Os sacerdotes, devido a desvios de conduta referentes ao dízimo, foram avisados e amaldiçoados por Deus, no ministério do profeta Malaquias, a fim de que se regenerassem e mudassem a sua conduta em relação ao dízimo, sendo advertidos pelo profeta, que dizia que se eles não mudassem de comportamento em relação às ofertas e ao dízimo, Deus faria de suas bênçãos maldições e mandaria o Anjo do Senhor para preparar os caminhos para a vinda do Messias, a fim de reformar a sua doutrina e lhes ensinar a verdadeira prática religiosa. Em verdade, as palavras do profeta Malaquias nunca foram tão necessárias como no presente momento histórico da humanidade, onde o Evangelho de Cristo fora corrompido pela ganância e avareza das religiões, que fizeram das pequenas igrejas um grande negócio, a fim de que pudessem viver na ostentação de bens materiais e tivessem uma vida regada a muito luxo e poder.

 

Que o espírito de São Francisco de Assis tome conta do mundo e o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo possa ser restaurado. Eis a função do Alvissarismo.

 

Alvissaristas, eis a missão que lhe é confiada por Deus: Vão e reconstruam o Evangelho de Cristo, pedra sobre pedra!

 

 

Que assim seja!   

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