top of page

                                Manifesto Alvissarista

 

 

 

Um, dois, Filosofia Tupiniquim no arroz,

Três, quatro, Filosofia Tupiniquim no prato,

Cinco, seis, Filosofia Tupiniquim outra vez.

 

Encerra! Encerra! Encerrador! Encerra a Filosofia do importador. Quanta Filosofia já encerrou?

 

Uma Filosofia Brasileira incomoda muita gente.

Uma Filosofia Tupiniquim incomoda muito mais.

Uma Filosofia Tupiniquim incomoda muita gente.

Duas Filosofias Tupiniquins incomodam, incomodam muito mais.

Três Filosofias Tupiniquins incomodam muita gente.

Quatro Filosofias Tupiniquins incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais.

 

Filosofia Tupiniquim choveu,

Filosofia Tupiniquim pingou,

Pergunte ao Filósofo,

Se a Filosofia Tupiniquim molhou.

 

Cala a boca Filosofia Tupiniquim.

Cala a boca já morreu,

Quem manda na minha boca sou eu!

 

Fiz Filosofia Pau Brasil...

Pau Brasil.

E não enganei o povo... 

Na casca do ovo.

 

Fui à feira e encontrei uma coruja,

Pintei a alma dela de verde e amarelo,

Ela me chamou de Filosofia Brasileira,

A Razão Tupiniquim.

 

Filosofia e Religião Tupiniquim.

Vem habitar a nossa alma,

Vem trazer a nossa identidade,

Vem se mostrar pra mim.

 

Uma Filosofia e Religião Tupiniquim,

Deu um salto na história e na balança,

Deu um pulo e foi à França.

 

Folclore e Filosofia,

Casamento de sabedoria;

Mitologia Guarani e Mitologia Cristã,

Casamento de uma Filosofia e Religião onde o Deus de Abraão é Tupã.

 

Tá sem Filosofia?

Toma banho de popular sabedoria.

Tá sem Religião?

Toma banho de popular razão.

 

A Mãe da Filosofia é a Religião,

Fez a Filosofia se tornar independente,

Contou para todo o mundo,

E depois se tornou carente.

 

Filosofia Tupiniquim,

Maior que cupim,

Maior de todas,

Festeja as bodas.

 

Lá nos mitos e lendas do Brasil, há um copo de saber,

A Filosofia que bebeu viveu,

E o culpado fui Eu.

 

A Filosofia Brasileira foi à feira,

Não achou nada brasileiro pra comprar,

Tempos depois comprou a sabedoria popular do Brasil,

Pra na história seu nome acentuar.

O folclore brasileiro se acentuou,

Coitada da Filosofia e da Religião que por nele não passar.

 

A Filosofia ou a Religião que não foi ao índio,

Perdeu o lugar;

A Filosofia e a Religião que não foi ao negro,

Perdeu a vez;

A Filosofia e a Religião que não foi ao branco,

Perdeu o banco.

Luar luar,

Pega esse saber popular,

E me ajuda a filosofar.

Uni duni tê,

Filosofia Tupiniquim pra você,

Quem quiser colhê,

Planta, cuida e prepara pra comê.

Hoje é Filosofia Tupiniquim,

Brada assim.

Assim é preciso,

Mostrar seu sorriso.

Seu sorriso de sol,

Pensar como joga futebol,

Futebol que dá de 7 a 1 no pensamento,

Pensamento que dá de 7 a 1 no futebol.

Brasil, campeão,

Guerreiro, ladrão,

Menino , bonito,

Do meu coração.

Santa Clara, Vitória Régia se tornou,

São Francisco, Curupira e Caipora se pronunciou;

Vai o dia e volta a noite,

Vai a noite e volta o dia,

O folclore brasileiro em orixá se transformou,

Pra cumprir com seu dever,

Uma identidade filosófica e cultural se erguer.

E ao sangue do brasileiro promover,

A alma do Brasil.

São Longuim, São Longuim...

Me encontre a Filosofia Tupiniquim, 

Que eu dou três pulim.

Pensa,

pensa, 

Brasil; 

Se não pensar

Não comes.

 

A Filosofia do vizinho,

Bota um ovo amarelinho,

Bota um, bota dois,

Bota três, bota quatro,

Bota cinco, Bota seis,

Bota sete, bota oito,

Bota nove, bota dez.

A Filosofia Tupiniquim,

Bota um ovo amarelim,

Bota um, bota dois,

Bota três, bota quatro,

Bota cinco, bota seis,

Bota sete, bota oito,

Bota nove, bota dez.

Também;

O vizim qué comprá?

Nóis agora tem pra exportá!

Independência da Filosofia Tupiniquim ou morte!

Independência da Religião Tupiniquim ou morte!

O pensamento veuio de Minas.

De minas veio a sorte.

 

Pra Direita ou pra Esquerda?

La vai a Filosofia Brasileira,

Girar na roda da história,

Passar a frente, sem demora,

Pois se ao fim dessa construção,

Você estiver com a tocha na mão,

Carregue-a até o próximo estafeta,

Até o fim desse mundão.

 

A Filosofia Tupiniquim,

Tupiniquim Filosofou,

Filosofou Tupiniquim, 

Para Tupiniquim Filosofar.

 

Um ninho de Brasil,

Cheio de brasileiros,

Quem brasileirar,

Bom brasileirador será.

 

O Folclore é a alma da Filosofia Tupiniquim,

Quem melhor tupinicar,

Grande tupinicador será.

 

A Filosofia Tupiniquim mordeu a manga que lhe amordaçava,

Marcando a história, marcadamente sem a marca que lhe amordaçou.

 

Se você teve uma ideia incrível,

É melhor fazer uma Filosofia Brasileira,

Pois está provado que já é possível filosofar em português.

 

Filosofia Tupiniquim quando nasce,

Esparrama-se pelo mundo,

Enquanto o homem dorme,

O pensamento brasileiro se torna profundo.

 

Quem filosofa,

A sabedoria espicha,

Mistura saber erudito e saber popular,

Que a Filosofia Brasileira capricha.

 

O Mito não é sinônimo de mentira,

Que mentira!

A verdade se revela oculta,

No mito,

Na lenda,

Na ficção,

No sonho,

Na hierofania.

 

O Brasil mandou dizer,

Que uma nova era na filosofia irá nascer,

Que o mundo conte cinco:

Um, dois, três, quatro, cinco:

Uma Filosofia unificada à Mitologia e a Religião,

Onde na Filosofia é possível a revelação.

 

Brasil, mundão,

Politico, ladrão,

Povo, bonito,

Do meu coração.

 

Sou novo,

Acredito em Deus,

A ciência não está morta?

Deus ressuscitou!

 

O Filósofo pensa na morte,

A morte é a menina dos olhos da Filosofia,

Quem na morte não pensa,

Não adquire sabedoria.

 

Nasci na pós-modernidade,

Para ao pós-moderno ser e me opor,

Anunciar na maternidade,

A reencarnação de Policarpo Quaresma,

Seu nascimento,

Sua vida,

Sua morte,

Sua dor,

De anunciar ao mundo um novo Brasil,

Onde na bandeira não está escrito:

Ordem e Progresso,

Mas sim,

Amor, Justiça e Caridade.

 

Na sociedade pós-moderna,

Há uma dose de veneno,

Quem dele beber e depois não vomitar,

De certo morrerá!

 

Qual o sentido da vida?

A falta de sentido!

Se a vida tivesse sentido,

Que sentido teria viver?

 

Meu antídoto é o meu veneno,

Minha vida, minha morte.

Meu Ser, meu Nada.

 

O homem só deseja o que não tem,

Pois o que tem,

Não precisa desejar.

O Nada é a origem do Ser!

 

Nem pipoca, nem amendoim torrado,

Não quero mais o espaço hiper-real, espetacular, cheio de pirotecnia,

Não quero pensamento simulado,

Nem simulacro hiper-realizado.

 

Entre nós e o mundo está a linguagem,

Chega de espetáculo, de celebridade,

Retornemos ao índio e a Davi,

A essência da nossa linhagem.

 

Cadê o hedonismo e a sedução?

Foram embora para não mais voltar,

Cadê o status filosófico e literário da academia?

Ninguém sabe e nem quer procurar.

 

Narcisismo brega e extravagante,

Seu fanfarrão,

De espada na cinta,

Eu corto o seu coração!

E não mostro ao mundo porque não gosto de ostentação.

 

Do Nada só quero o Ser,

Não quero líquido e nem diluído,

Sou eclético,

Mas não sou condescendente.

 

O meu estilo é único, original,

Meu pensamento é a unidade no plural,

Sou a pureza da mistura,

Não sou Filosofia cordial.

 

Não sou Pop, nem sou Brega,

Sou solitário, obscuro, misterioso, recluso, melancólico e hermético,

Não há valor artístico na banalidade,

A arte mora na desbanalização da maldade.

 

Minha cultura é elevada porque é popular,

Faço arte brasileira para no coração do povo a lei habitar.

 

Estetizo a espiritualidade,

Para na terra seu mundo recriar,

Reproduzo o espírito na matéria,

Para no mundo a Sociedade Estruturalista implantar.

 

Meu conhecimento é superior ao vosso,

Reconheço nada saber.

Sou limitado, incompleto, incerto e paradoxal.

O paradoxo é a fonte da minha moral.

 

Sou privado e público,

Não quero nem capitalismo e nem comunismo,

Vivo pelo ideal da Teodemocracia e do Estruturalismo.

 

A voz do povo é a voz de Deus,

A Lei do povo é a Lei de Deus.

 

Se desconstruo,

É para reconstruir,

Se a morte da ciência e a ressurreição de Deus anuncio,

É para a história prosseguir.

 

Sou crítico,

Reformador,

Revolucionário,

Cômico,

Mas pensei o Brasil a sério.

 

Não represento o realismo,

Nem mesmo o materialismo,

E menos ainda o famigerado positivismo.

Meu método é o estruturalismo histórico ou dialético,

Onde a estrutura social é moldada pelas relações criminais.

Quem sou eu?

Eu sou o idealismo simbólico ou simbolismo.

 

Sou e me oponho ao racionalismo e ao empirismo:

O Logos é a origem de todo conhecimento.

A linguagem possibilita a existência da razão e a significação da experiência.

Sem a linguagem escrita e falada, eu sou um macaco.

 

Sou novo, original, brasileiro,

E faço poemas em parlendas e trava línguas,

Meu nome é Alvissarismo.

Quem alvissarar,

Bom Alvissareiro,

Alvissarista será.

 

Eu sou Judeu, Cristão e Espírita,

Eu sou Alvissarista!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                   

bottom of page